Avançar para o conteúdo principal

ENTRE A ‘INVISIBILIDADE’ E A UNIFORMIZAÇÃO? APCC DEBATEU AS REPRESENTAÇÕES DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS MEDIA E NA SOCIEDADE


Foram muitos os utentes e os colaboradores da APCC que ontem fizeram questão de assistir ao debate “Here We Are – Formas de Representação das Pessoas com Deficiência na Comunicação Social”, que decorreu na Quinta da Conraria, e em que foram convidados João Gaspar, mestre em jornalismo pela Universidade de Coimbra e correspondente da Agência Lusa, e Bernardo Vieira, vice-campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal de Paraciclismo em 2016 e utente da instituição.

Foram abordados temas como a visibilidade (ou falta dela) desta população nas notícias, as formas de abordagem aos temas da deficiência ou como estas são muitas vezes ‘impermeáveis’ à individualidade dos seus protagonistas. Num debate – moderado por Pedro Santos, responsável pela comunicação da Associação – que contou também com grande participação da assistência, houve ainda tempo para discutir temas paralelos, como a acessibilidade das pessoas com deficiência à informação ou à própria profissão de jornalista.

Foi também uma oportunidade em que se deitou um olhar mais geral, à própria sociedade, em relação a muitas das perguntas colocadas, sempre sem perder a noção de que a comunicação social desempenha um papel vital na formação da opinião pública sobre esta e muitas outras questões.

Este debate foi a primeira de uma série de iniciativas que serão desenvolvidas por quatro utentes da APCC (André Vitorino, Bernardo Vieira, Diogo Sacramento e Ivo Rodrigues), com a coordenação do Gabinete de Voluntariado, até ao próximo ano e que pretendem atingir visibilidade externa, através dos Media e/ou da Internet. Este programa de ações insere-se no projeto europeu “Here We Are”, dinamizado em parceria com a organização húngara EgyüttHató Egyesület, que procura dar visibilidade às pessoas com deficiência, aos seus desejos e necessidades, dentro das comunidades em que se inserem.


Este projeto decorre no âmbito do programa europeu Erasmus +, através do qual a APCC desenvolve, entre outros, o projeto de voluntariado europeu “Holding Hands With Other Abilities”, que permitiu à instituição receber já cerca de quatro dezenas de jovens europeus e colocar mais de uma dezena de jovens portugueses em projetos no estrangeiro. Pode saber mais sobre as hipóteses de voluntariado, tanto europeu como nacional, em www.apc-coimbra.org.pt/?page_id=722.








Comentários

Mensagens populares deste blogue

“GIVE US A BREAK” (VIDEO)

APCC LANÇA CAMPANHA PARA CONTRARIAR ESTEREÓTIPOS O que faz um super-herói? Que qualidades inigualáveis deve ter? Como podemos reconhecê-lo no meio de uma multidão? E podemos convocar a sua presença sempre que pretendermos? Exigir-lhe provas sucessivas da sua heroicidade? Afinal de contas, quem quer mesmo ser super-herói se nunca se candidatou a esse papel? A APCC é, em parceria com a organização húngara EgyüttHató Egyesület, a promotora do projeto “Here We Are”, que pretende dar visibilidade às pessoas com deficiência, aos seus desejos e necessidades, dentro das comunidades em que se inserem. Com este objetivo, colaborou com a produtora CASOTA Collective na criação de “Give Us a Break”, um vídeo promocional que procura suscitar a discussão sobre aquelas questões. Os protagonistas foram o André Vitorino, o Bernardo Vieira e o Diogo Sacramento, três jovens utentes da Associação que, juntamente com o Ivo Rodrigues, integraram aquele projeto europeu. O produto final deste esforç...

Video

Estreia brevemente... Coming soon... www.facebook.com/APCCoimbra/

“Porque Somos um Retrato”: nova coleção do Departamento de Expressão Plástica é mostrada no Centro de Reabilitação

Desde há alguns dias que o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral de Coimbra ganhou uma nova vida: os retratos que compõem uma inédita coleção criada pelos utentes do Departamento de Expressão Plástica da APCC decoram agora as paredes do edifício, no âmbito de uma mostra a que foi dado o nome “Porque Somos um Retrato”. São mais de meia centena de obras, todas ‘assinadas’ coletivamente e criadas sob a supervisão da professora Suzete Azevedo. A opção pelo retrato, enquadrada por uma citação de Aristóteles (“O objetivo da arte não é apresentar a aparência externa das coisas, senão o seu significado interno; pois isto, e não a aparência e o detalhe externos, constitui a autêntica realidade”), remete para uma ideia de autenticidade e de procura da essência interior do retratado, do ponto de vista do artista. Para proceder a essa “procura da alma”, os utentes foram inicialmente expostos a autorretratos de pintores como Pablo Picasso, Paul Cézanne, Francis Bacon e Frida Kahlo, a...